terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Pecuária como fator da degradação ambiental


A pecuária é uma atividade primária, desenvolvida pelo homem ao longo de anos.
Atualmente, para acompanhar o surto populacional, os antigos latifúndios, utilizados para criação extensiva tornaram-se verdadeiras fábricas de bovinos, criando esses em espaços cada vez menores e em quantidades cada vez maiores.
Por conseqüência, a poluição dos solos, água e atmosfera também subiu na escala, gerando uma série de desequilíbrios ecológicos e disseminando novas doenças.
Os setores da pecuária, avicultura, lacticínios, vinho e azeite são responsáveis por uma poluição orgânica bruta equivalente à que produziriam 12 milhões de habitantes. Esta carga de efluentes, superior em quase um quarto à da população portuguesa, vem afetando solos e águas e muitas populações queixam-se da incômoda vizinhança destas atividades.
As tentativas vêm de longe, com protocolos, contratos e investimentos públicos e privados, sobretudo no campo da suinocultura. Mas, reconhece, até o grupo de trabalho encarregado de elaborar a Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-pecuários e Agro-industriais (ENEAPAI), "globalmente, a experiência não tem sido positiva". É reconhecido também que tem havido "dificuldade em penalizar prevaricadores" e que solos e águas, bem como populações, têm continuado à mercê destes impactos. A lógica da nova estratégia assenta na procura de soluções coletivas para o tratamento dos efluentes, sobretudo para a bovinocultura, suinocultura e avicultura. Para os matadouros, lagares, adegas e queijarias de pequena dimensão, são consideradas mais adequadas, na maior parte dos casos, as soluções individuais (por exploração ou unidade produtiva).
Na pecuária intensiva a bovinocultura de carne e de leite, a suinocultura e a avicultura, na sua vertente intensiva, são diagnosticadas como o maior problema sob o ponto de vista ambiental, o que é acentuado pela sua forte concentração geográfica.

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