terça-feira, 30 de outubro de 2007

CONSEQÜÊNCIAS E MEDIDAS PREVENTIVAS DO EFEITO ESTUFA

Conseqüências

Elevação do nível dos mares provocada por: - dilatação térmica da massa de água oceânica. - degelo das calotas polares e geleiras.
Alterações climáticas em todo o planeta: -aumento de tempestades. -ondas de calor. -alterações no ciclo das chuvas.
Aumento da biomassa terrestre e oceânica provocada por: -aceleração da função clorofiliana. -aumento do teor de CO2 dissolvido nos oceanos, com aumento de organismos com exoesqueletos de carbonato de cálcio.
Modificações profundas na vegetação típica de cada região e altitude.
Aumento na incidência de doenças e proliferação de insetos nocivos ou vetores de doenças, o que poderá resultar em grandes alterações sociais.

Medidas preventivas

As seguintes medidas preventivas foram propostas na ECO-92 no Rio de Janeiro, no Japão (em 1997) e pelo Protocolo de Kyoto (em 2001):
diminuição da emissão de CO2, investindo em energias alternativas, renováveis, como a energia eólica, a solar, a biomassa, o hidrogênio. O hidrogênio tem sido considerado o combustível do futuro, pois é abundante na natureza e sua combustão é limpa, só produz água.
estabelecer responsabilidades comuns, como estabilizar o clima e o crescimento populacional, respeitando o direito soberano de cada país explorar seus recursos.
a falta de certeza científica na deve ser usada como motivo para adiar medidas preventivas e corretivas, de modo que estas permitam iniciar uma era em que o progresso e o crescimento econômico não estarão em conflito com a mecânica natural do clima.

AUMENTO DA TEMPERATURA MUNDIAL


Terra está mais quente


A temperatura da Terra subiu durante as últimas três décadas para os valores mais altos em 12 mil anos, de acordo com um estudo da NASA publicado no dia 25 nos Estados Unidos. O aquecimento terrestre, que segundo os cientistas está já a afetar a vida no planeta, verificou-se ao ritmo de 0,2 graus Celsius em cada dez anos. Atualmente, a Terra estará apenas a um grau de atingir o nível máximo registado ao longo do último milhão de anos. 1 700 variedades de plantas e espécies de animais e insetos estão a sofrer com o fenômeno.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS



Fala-se muito sobre o tempo, o que não constitui nenhuma surpresa, se considerarmos o efeito que este exerce sobre a nossa disposição, a forma como nos vestimos e mesmo sobre aquilo que comemos. No entanto, o "Clima" não é a mesma coisa que o tempo. É, isso sim, o padrão médio de tempo para uma determinada região durante um período alargado.
O clima sempre variou em função de causa naturais, e assim continuará a ser. As causas naturais podem ser alterações mínimas na radiação solar, erupções vulcânicas que podem cobrir a Terra com poeiras que reflectem o calor do sol de volta para o espaço, e variações naturais no próprio sistema climático.
No entanto, as causas naturais explicam apenas uma pequena parte deste aquecimento global. A grande maioria dos cientistas concorda que tal se deve a crescentes concentrações de gases de efeito de estufa que mantêm o calor na atmosfera e que são causados pela actividade humana.
Durante o último século, a média da temperatura do ar à superfície aumentou 0,74ºC globalmente e quase 1ºC na Europa, o que constitui um aquecimento excepcionalmente rápido. De facto, o século XX foi o século mais quente de sempre e os anos 90 foram a década mais quente dos últimos 1.000 anos. Esta tendência de aquecimento continua no presente século: os 11 anos mais quentes, de que há registo, ocorreram todos nos últimos 12 anos.

DEGELO DAS CALOTAS POLARES


O degelo das calotas polares e aumento no nível dos oceanos são descritos como as questões mais tormentosas para fins de previsão entre os integrantes do relatório do IPCC a ser divulgado no dia 2 de fevereiro em Paris. O documento sugere a possibilidade de severo derretimento do gelo do Ártico e da Groenlândia nos próximos séculos, mas afasta o entendimento popular de que haveria uma mudança na Corrente do Golfo no Atlântico Norte que resultaria numa nova Era do Gelo na Europa, assim como mostrado no cinema pelo filme O Dia Depois de Amanhã. O aquecimento global anularia qualquer efeito de resfriamento no entendimento dos pesquisadores. A cobertura de gelo da muito mais gelada Antártida aumentaria até 2.100 em razão de maior precipitação de neve, o que contribuiria para amenizar o efeito de aumento dos níveis dos oceanos em até 10 centímetros.
Está mais claro que a própria neve: estações de esqui fechadas na Europa por falta de gelo, montanhas ficando “mais baixas” já que sua metragem considera as capas de gelo, que derretidas, desaparecem.

A Pecuária como fator da degradação ambiental


A pecuária é uma atividade primária, desenvolvida pelo homem ao longo de anos.
Atualmente, para acompanhar o surto populacional, os antigos latifúndios, utilizados para criação extensiva tornaram-se verdadeiras fábricas de bovinos, criando esses em espaços cada vez menores e em quantidades cada vez maiores.
Por conseqüência, a poluição dos solos, água e atmosfera também subiu na escala, gerando uma série de desequilíbrios ecológicos e disseminando novas doenças.
Os setores da pecuária, avicultura, lacticínios, vinho e azeite são responsáveis por uma poluição orgânica bruta equivalente à que produziriam 12 milhões de habitantes. Esta carga de efluentes, superior em quase um quarto à da população portuguesa, vem afetando solos e águas e muitas populações queixam-se da incômoda vizinhança destas atividades.
As tentativas vêm de longe, com protocolos, contratos e investimentos públicos e privados, sobretudo no campo da suinocultura. Mas, reconhece, até o grupo de trabalho encarregado de elaborar a Estratégia Nacional para os Efluentes Agro-pecuários e Agro-industriais (ENEAPAI), "globalmente, a experiência não tem sido positiva". É reconhecido também que tem havido "dificuldade em penalizar prevaricadores" e que solos e águas, bem como populações, têm continuado à mercê destes impactos. A lógica da nova estratégia assenta na procura de soluções coletivas para o tratamento dos efluentes, sobretudo para a bovinocultura, suinocultura e avicultura. Para os matadouros, lagares, adegas e queijarias de pequena dimensão, são consideradas mais adequadas, na maior parte dos casos, as soluções individuais (por exploração ou unidade produtiva).
Na pecuária intensiva a bovinocultura de carne e de leite, a suinocultura e a avicultura, na sua vertente intensiva, são diagnosticadas como o maior problema sob o ponto de vista ambiental, o que é acentuado pela sua forte concentração geográfica.

GASES POLUENTES


A queima de combustíveis fósseis nas centrais termoeléctricas para produzir energia é a principal emissora de gases com efeito de estufa. Ao mesmo tempo que aumenta o número de automóveis em circulação, cresce também a quantidade de poluentes emitidos para a atmosfera.


Principais poluentes do ar


Poluente
Principal Fonte
Comentários


Monóxido de Carbono (CO)
Escape dos veículos motorizados; alguns processos industriais;
Limite máximo suportado: 10 mg/m3 em 8 h (9 ppm); 40 mg/m3 numa 1 h (35 ppm).

Dióxido de Enxofre (SO2)
Centrais termoeléctricas a petróleo ou carvão; fábricas de ácido sulfúrico
Limite máximo suportado: 80 mg/m3 num ano (0,03 ppm); 365 mg/m3 em 24 h (0,14 ppm)
Partículas em suspensão;
Escape dos veículos motorizados; processos industriais; centrais termoeléctricas; reacção dos gases poluentes na atmosfera;

Limite máximo suportado: 75 mg/m3 num ano; 260 mg/m3 em 24 h; compostas de carbono, nitratos, sulfatos, e vários metais como o chumbo, cobre, ferro.

Chumbo (Pb)
Escape dos veículos motorizados; centrais termoeléctricas; fábricas de baterias;
Limite máximo suportado: 1,5 mg/m3 em 3 meses; sendo a maioria do chumbo contida em partículas suspenção.

Óxidos denitrogênio (NO, NO2)
Escape dos veículos motorizados; centrais termoeléctricas; fábricas de fertilizantes, de explosivos ou de ácido nítrico;
Limite máximo suportado: 100 mg/m3 num ano (0,05 ppm)- para o NO2; reage com Hidrocarbonos e luz solar para formar oxidantes fotoquímicos.

Oxidantes fotoquímicos- Ozônio (O3)
Formados na atmosfera devido a reacção de Óxidos de nitrogênio, Hidrocarbonos e luz solar;
Limite máximo suportado: 235 mg/m3 numa hora (0,12 ppm)
Etano, Etileno, Propano, Butano, Acetileno, Pentano;
Escape dos veículos motorizados; evaporação de solventes; processos industriais; lixos sólidos; utilização de combustíveis;
Reagem com Óxidos de nitrogênio e com a luz solar para formar oxidantes fotoquímicos.


Dióxido de Carbono (CO2)
Todas as combustões;
São perigosos para a saúde quando em concentrações superiores a 5000 ppm em 2-8 h; os níveis atmosféricos aumentaram de cerca de 280 ppm, há um século atrás, para 350 ppm atualmente, algo que pode estar a contribuir para o efeito de estufa.

Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Toronto Conference on the Changing Atmosphere, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCC's First Assessment Report em Sundsvall, Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (CQNUMC, ou UNFCCC em inglês) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da CQNUMC.
Constitui-se no protocolo de um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.
Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.
Por ele se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a emissão de gases do efeito estufa em, pelo menos, 5,2% em relação aos níveis de 1990 no período entre 2008 e 2012, também chamado de primeiro período de compromisso.
A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas. O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas:
• Reformar os setores de energia e transportes;
• Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
• Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
• Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
• Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Se o Protocolo de Quioto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4ºC e 5,8ºC até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

20 Maneiras simples de ajudar a salvar o planeta.


Como podemos contribuir para conter o avanço da degradação ambiental? No carro:* Pense em trocar de carro: se voçê tem um utilitário,tipo 4x4, troque por um veículo pequeno,sendo mais leve,são mais econômicos; * Dê ao seu carro uma folga: ficando na garagem uma vez na semana,fará uma economia em emissão de CO2 em 440 quilos anuais; * Lave a seco: economiza 316 litros de água, por veículo, em média; * Não jogue fora a bateria do carro: deixe a usada na revenda autorizada para ser encaminhada ao fabricante.Livre o solo de contaminação; Em casa:* Recicle o lixo; * Jogue menos comida fora; * Prefira alimentos frescos; * Regule o termostato da geladeira para o mínimo; * Encha a máquina: cada ciclo de lavagem de roupa gasta em média 150 litros de água.Utilize lavagem a frio sempre que possível; * Tampe as panelas ao cozinhar: reduz o tempo de preparo e 30% de energia; * Rejeite propagandas indesejadas: ligue para o SAC da empresa indesejada e peça para tirar seu nome da lista,reduz até 75% de cartas recebidas; * Reaproveite a água da chuva; * Troque a descarga: as tradicionais gatam muito mais; * Prefira lãmpadas led,de diodo(LED); * Recicle seu telefone celular; * Prefira as pilhas recarregáveis; * Desplugue-se: tire seus aparelhos da tomada quando não estiver usando-os; * Configure a impressora para o modo frente e verso; * Utilize papel reciclável; * Limpe seu ar condicionado: com os filtros limpos consumirá menos energia;